“Renda fixa não é antagonista da Bolsa, mas a trincheira que protege e turbina seus investimentos”, resume Luiz Barsi, maior pessoa física da B3. Neste artigo, você aprenderá como ele utiliza a renda fixa para blindar capital, ampliar a geração de caixa e acelerar a compra de ações que pagam dividendos. Em aproximadamente 2 200 palavras, vamos destrinchar a lógica por trás da estratégia, apresentar comparativos, estudos de caso e responder às dúvidas mais frequentes de quem busca independência financeira.
O investidor Luiz Barsi é considerado o maior investidor pessoa física da Bolsa de Valores brasileira. Conhecido por sua estratégia de foco em ações de dividendos, ele também ressalta a importância de usar a renda fixa de forma inteligente.
Mas afinal, como Barsi orienta a utilização da renda fixa dentro de uma estratégia de investimentos sólida?
Para Barsi, a renda fixa não deve ser encarada como inimiga da renda variável. Pelo contrário: ela tem um papel essencial de proteção, reserva de oportunidade e disciplina financeira.
Antes de investir em ações ou fundos, Barsi destaca a importância de ter uma reserva em renda fixa.
Essa reserva garante segurança em momentos de instabilidade, evitando que o investidor precise vender ações em períodos de queda.
A renda fixa de curto prazo permite que o investidor tenha liquidez para aproveitar oportunidades na Bolsa de Valores.
Quando surgem ações descontadas, o capital em renda fixa pode ser rapidamente realocado para renda variável.
Embora Barsi seja conhecido por priorizar ações de dividendos, ele reconhece que a diversificação com renda fixa ajuda a equilibrar riscos.
Ativos como Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs podem ser usados para proteger parte do patrimônio.
Outro ponto ensinado por Barsi é que a renda fixa ajuda o investidor a criar disciplina de aportes regulares.
Mesmo valores menores aplicados mensalmente em renda fixa criam o hábito de investir, fortalecendo a mentalidade de longo prazo.
Para Luiz Barsi, a renda fixa não é um fim em si mesma, mas uma ferramenta estratégica que dá suporte ao investidor que deseja construir riqueza com ações e dividendos.
Ela garante segurança, liquidez e disciplina, permitindo que a renda variável seja explorada de forma mais eficiente e sustentável.
💡 A grande lição é: use a renda fixa como base sólida, mas não deixe de buscar crescimento em ativos de maior retorno no longo prazo.
Nos últimos anos, com a taxa Selic escalando novamente para dois dígitos, o tema “renda fixa versus renda variável” ressurgiu nas manchetes. No entanto, quem estuda a trajetória de Luiz Barsi percebe que o debate deveria ser “renda fixa a favor da renda variável”. O megainvestidor revela que sempre destinou parte do fluxo de caixa a títulos pós-fixados e prefixados de alta qualidade, utilizando os juros para comprar mais ações de empresas boas pagadoras de dividendos. Neste artigo, você entenderá:
Embarque nesta leitura e descubra como posicionar a renda fixa como alicerce da sua estratégia de enriquecimento no longo prazo.
Luiz Barsi começou trabalhando como engraxate e datilógrafo, acumulou conhecimento em contabilidade e, em 1967, fez seus primeiros aportes na Bolsa de Valores de São Paulo. Hoje, ultrapassa R$ 4 bilhões investidos, ênfase em estatais e empresas perenes. Segundo ele, “o dividendo é o salário do acionista” – e a renda fixa é a “fábrica de salários” que mantém o fluxo constante de recursos para reinvestir.
Esse tripé ilustra como a renda fixa é peça-chave no portfólio, mesmo para quem almeja renda passiva majoritariamente via ações.
🔎 Caixa de destaque 1: Barsi costuma aproveitar leilões de LFT (Tesouro Selic) logo após fortes quedas da Bolsa. O CDI alto preserva capital enquanto o mercado ajusta preços de ações, habilitando compras em momentos de pânico.
O investidor iniciante às vezes enxerga renda fixa como algo monolítico, mas existem nuances relevantes:
Conhecer a trilha de risco é essencial. Barsi prioriza liquidez diária com Tesouro Selic e CDBs de grandes bancos , mas não descarta debêntures de empresas sólidas quando a relação risco-retorno é atrativa.
Renda fixa bem escolhida aumenta a previsibilidade de caixa, gerando “combustível” para compras de oportunidade na Bolsa.
💡 Caixa de destaque 2: Em 2020, enquanto muitos vendiam ações durante o crash da pandemia, a família Barsi aproveitou os cupons de NTN-B 2035 para reforçar posições em bancos e setor elétrico, colhendo valorização expressiva em 2021.
Suponha um portfólio de R$ 300 000 alocado 60 % em ações e 40 % em renda fixa pós-fixada. Com CDI a 13,15 % a.a., a fatia fixa rende bruto R$ 15 780 por ano. Esse montante viabiliza a compra de aproximadamente 420 ações de Itaúsa (ITSA4) a R$ 12 cada, sem vender nada de renda variável. Ou seja, você amplia o patrimônio acionário enquanto mantém a ancoragem conservadora.
Empresas distribuem proventos em datas diferentes. Barsi sincroniza o vencimento de títulos de renda fixa com meses “magros” de dividendos, evitando a necessidade de resgatar ações para pagar contas. Assim, sua bola de neve nunca encolhe.
Em 2023, Barsi destacou que utilizou cupons semestrais de NTN-B 2026 para aumentar posição em Taesa, cuja dividend yield girava em torno de 11 %. Enquanto a renda fixa pagava inflação + 5 %, as ações ofereciam o dobro, mas exigiam paciência. Esse ciclo reforça a tese de reinvestimento.
🚀 Caixa de destaque 3: Se os juros caem, o preço do título sobe, oferecendo “duplo ganho”: apreciação do papel e possibilidade de vender com lucro para comprar ações baratas. Barsi chama isso de “alavancagem sem dívida”.
Critério | Renda Fixa (ex.: Tesouro Selic) | Ações de Dividendos (ex.: Taesa) |
---|---|---|
Risco de mercado | Baixo, oscilações mínimas | Médio/alto, volatilidade diária |
Liquidez | Alta (D+1) | Média (varia por volume de negociação) |
Previsibilidade de renda | Alta, taxa pactuada | Média, depende de lucro e política de distribuição |
Proteção contra inflação | Moderada (IPCA+) | Boa se a empresa repassa custos |
Tributação | IR regressivo até 15 % | Isento para pessoa física (dividendos) |
Potencial de valorização | Limitado ao cupom | Ilimitado, além dos dividendos |
Uso na estratégia Barsi | Formar caixa e segurar quedas | Gerar renda passiva crescente |
Muitos acreditam que quanto maior a liquidez, melhor o retorno. Nem sempre: CDBs de liquidez diária tendem a pagar menos CDI. Barsi aceita prazos de 2 a 5 anos se a taxa compensar.
Na renda fixa, o IR incide sobre o rendimento. Se você resgatar CDB em 180 dias, pagará 22,5 %, corroendo ganhos. Planeje a janela de resgate para atingir alíquota final de 15 %.
Prefixar a 14 % parece tentador, mas se a Selic disparar para 18 %, você fica travado. Barsi prefere indexados à inflação quando a curva de juros embute incerteza macroeconômica.
“Diversificação não é ter 20 papéis de bancos médios. É misturar prazos, indexadores e emissores para não ficar refém de um único cenário”, alerta Eduardo Cavalcante, gestor de renda fixa na ARX Investimentos.
A TIR captura o ganho anualizado considerando preço de compra, cupons, amortizações e imposto. Barsi afirma que só compara produtos de renda fixa via TIR, nunca apenas pela “taxa sobre CDI”.
Mede sensibilidade do preço do título à variação de juros. Títulos longos sofrem mais. Ao visualizar duração, você decide se aceita volatilidade para ganhar prêmio maior.
Diferença entre taxa do título privado e taxa soberana de mesma duração. Quanto maior, maior o risco de crédito. Use a régua para calibrar alocação.
Com essas métricas, a renda fixa deixa de ser “aplicação engessada” e vira instrumento tático dentro do portfólio.
Liste despesas, receitas e montante destinado a investimentos. Reserve colchão de emergência em renda fixa líquida.
Sincronize cupons semestrais com meses de baixa de dividendos. Use agenda de proventos da B3.
Crie regra de transferência automática: juros creditados na conta vão direto para compra de ações pré-selecionadas. Algumas corretoras oferecem scripts de ordem recorrente.
Reveja TIR, duration e spread. Se a renda fixa cair abaixo de seu retorno alvo, considere migrar para emissões novas.
Se a fatia em ações superar 70 %, direcione novos aportes primeiro para renda fixa. Se cair para 50 %, use juros e dividendos para reforçar ações.
Acompanhe relatórios do Tesouro Nacional, dashboards do Banco Central e o canal AGF no YouTube. O cenário macro muda, e sua visão de renda fixa deve evoluir.
Sim. Mesmo em juros baixos, a renda cumpre função de liquidez e proteção. Além disso, títulos IPCA+ garantem poder de compra.
Ele prioriza ações, mas admite FIIs como complemento, mantendo mesma lógica: usar renda para comprar cotas em quedas.
O princípio é ter pelo menos 6 meses de despesas em renda fixa. O excedente pode ir majoritariamente para ações, mas tudo depende de tolerância a risco.
Apenas se compreender o risco de crédito. Barsi prefere ficar fora de empresas sem histórico sólido, focando em emissões de utilities e concessões públicas.
Muitas corretoras permitem ordem programada em ações. Configure data próxima ao crédito da renda fixa.
É a atualização diária do preço do título segundo curvas de juros. Se a taxa sobe, o preço cai. Se não pretende vender, o impacto é contábil.
LCI, LCA e debêntures incentivadas são exemplos. Analise se a taxa líquida supera alternativas tributadas.
Sim, mas precisará de capital enorme. O método Barsi mostra que é mais eficiente usar a renda como ponte para adquirir ativos que pagam dividendos crescentes.
Recapitulando os pilares discutidos:
Ao adotar essa metodologia inspirada em Luiz Barsi, você transformará a renda de mero “porto seguro” em verdadeiro motor de crescimento patrimonial. Quer aprofundar? Participe da Semana Dividendos na Prática organizada pela AGF nos dias 24, 25 e 26 de junho. É gratuita e 100 % on-line. Inscreva-se e dê o próximo passo rumo à independência financeira!
Créditos: conteúdo baseado no vídeo “LUIZ BARSI ensina como USAR a RENDA FIXA” do canal AGF. Todos os direitos de imagem e áudio pertencem a seus respectivos proprietários.
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