Como Conseguir Empréstimo Para Empreender?

Quando, como e porque solicitar crédito sem comprometer o futuro do seu negócio

Buscar empréstimo para empreender é uma decisão estratégica que pode acelerar o crescimento ou comprometer a saúde financeira de um projeto. Neste artigo, você descobrirá, de forma prática e embasada, quando vale a pena recorrer ao crédito, quais modalidades existem no mercado brasileiro, como alinhar o custo da dívida ao ciclo de vida da empresa e de que maneira planejar a transição entre carreira CLT e negócios próprios. Baseamo-nos nas recomendações de Gustavo Cerbasi no vídeo “Pedir empréstimo para empreender?” e complementamos com dados de mercado e casos reais. Prepare-se para sair com um roteiro claro, tabelas comparativas e respostas às dúvidas mais frequentes.

Por que considerar um empréstimo para empreender?

Empreender exige planejamento, investimento e visão de futuro. Muitas vezes, para crescer ou até manter a operação, o empreendedor precisa de empréstimo para o negócio.
Mas surge a dúvida: quando vale a pena solicitar crédito, como escolher a melhor linha e por que é importante tomar cuidado para não comprometer o futuro da empresa?

Alavancagem e velocidade de execução

O timing de mercado costuma ser implacável: muitas ideias morrem por falta de capital para ganhar escala rapidamente. O empréstimo para empreender permite investir em marketing, tecnologia e estoque antes que a concorrência ocupe o espaço. No entanto, vale lembrar que a alavancagem potencializa ganhos e perdas; portanto, só faz sentido se o retorno esperado superar o custo financeiro acrescido do risco.

Diluição societária x endividamento

Outro motivo recorrente para buscar crédito é evitar diluir participação acionária cedo demais. Vender 30 % da empresa a um investidor-anjo pode custar caro no longo prazo. O empréstimo para empreender mantém o controle societário, mas exige fluxo de caixa robusto para honrar parcelas.

Crédito como ferramenta de profissionalização

Instituições financeiras exigem documentação contábil, projeções e governança. Esse “pente-fino” força o empreendedor a organizar a casa, aprimorando processos que, de toda forma, seriam necessários para crescer.

“Endividar-se não é problema; problema é tomar dívida sem saber como irá pagá-la.” — Gustavo Cerbasi, educador financeiro

Quando vale a pena pedir empréstimo para empreender?

Nem sempre contrair dívidas é negativo — o crédito pode ser uma ferramenta estratégica se usado da maneira correta.
Alguns bons momentos para solicitar empréstimo:

  • Capital de giro em períodos de baixa sazonalidade
  • Investimento em expansão (novas unidades, equipamentos, tecnologia)
  • Reestruturação do negócio para reduzir custos e aumentar eficiência
  • Oportunidades de mercado que exigem rapidez


Como escolher o empréstimo certo para seu negócio?

Existem diferentes tipos de crédito disponíveis para empreendedores:

  • Empréstimo para MEI e pequenas empresas
  • Microcrédito produtivo
  • Linhas de crédito do BNDES
  • Financiamentos bancários
  • Fintechs de crédito online

Dicas para escolher bem:

  1. Compare taxas de juros e prazos entre instituições
  2. Avalie o Custo Efetivo Total (CET)
  3. Prefira linhas de crédito específicas para negócios
  4. Analise se o fluxo de caixa comporta as parcelas


Por que o crédito pode ser um aliado e não uma armadilha?

Muitos empreendedores têm medo de solicitar crédito por receio de endividamento, mas a verdade é que, se bem planejado, ele pode:
✔️ Aumentar a capacidade de investimento
✔️ Antecipar crescimento que levaria anos sem capital
✔️ Aproveitar oportunidades de mercado
✔️ Melhorar o fluxo de caixa

⚠️ O cuidado necessário está em não comprometer mais do que 30% da receita mensal com dívidas e ter clareza sobre o retorno esperado do investimento.


Dicas práticas antes de solicitar crédito

  • Tenha um plano de negócios estruturado
  • Organize seu fluxo de caixa
  • Evite empréstimos apenas para cobrir dívidas antigas
  • Busque consultoria financeira se necessário
  • Compare sempre bancos, cooperativas e fintechs antes de decidir

O empréstimo para empreender pode ser um grande aliado do crescimento do seu negócio, desde que seja solicitado com estratégia.
Saber quando, como e por que pedir crédito é fundamental para evitar armadilhas e transformar o financiamento em uma alavanca de sucesso para sua empresa.

O ciclo de vida do negócio e o momento ideal do crédito

Fase de Ideação

Nesse estágio, ainda não existe produto validado nem receita previsível. O empréstimo para empreender raramente é indicado, pois o risco de insucesso é elevado. Prefira capital próprio, subvenções ou programas de pré-aceleração.

Fase de Validação

Quando já existem primeiros clientes pagantes e indicadores de tração, surge a necessidade de capital de giro para suprir demandas de produção e logística. Linhas de crédito com garantias simplificadas, como fintechs de antecipação de recebíveis, ganham relevância.

Fase de Tração e Escala

Com indicadores consolidados de mercado, fluxo de caixa e margem, o empréstimo para empreender passa a ter melhor relação risco-retorno. Aqui vale buscar produtos de médio prazo (36 a 60 meses) para expansão de instalações, aquisição de máquinas ou fortalecimento de marketing.

Caixa de destaque: A recomendação de Cerbasi é sincronizar o primeiro grande empréstimo com o início da fase de tração, quando o faturamento cobre pelo menos 70 % do serviço da dívida projetada.

Tipos de empréstimo disponíveis no Brasil

Crédito bancário tradicional

Inclui capital de giro e financiamento de investimento fixo. Taxas variam de CDI + 6 % a CDI + 15 % ao ano para pequenas empresas, dependendo do relacionamento com o banco e garantias apresentadas.

Linhas públicas (BNDES, Finep, Desenvolve)

Podem oferecer juros subsidiados e prazos de carência, mas requerem projetos detalhados e trâmite burocrático. Ideais para inovação ou compra de equipamentos nacionais.

Fintechs e bancos digitais

Processos 100 % on-line, resposta em minutos e menos exigência de garantias reais. Em geral, cobram taxas acima das linhas públicas, porém inferiores ao cheque especial.

Peer-to-peer (P2P) lending

Plataformas que conectam investidores a empresas, diversificando fontes de funding. Transparência no risco e possibilidade de renegociação fazem parte do modelo.

Microcrédito produtivo

Voltado a MEIs e negócios com faturamento anual até R$ 360 mil. Valores de R$ 1 mil a R$ 21 mil, acompanhamento de um agente de crédito e taxa média de 3 % ao mês.

Caixa de destaque: Antes de fechar qualquer contrato, utilize simuladores de CET (Custo Efetivo Total) e compare não apenas a taxa nominal, mas também IOF, seguros e outras tarifas.

Planejamento financeiro antes de assumir a dívida

7 passos indispensáveis

  1. Elaborar projeção de fluxo de caixa mensal com horizonte mínimo de 24 meses.
  2. Calcular o índice DSCR (Debt Service Coverage Ratio) alvo ≥ 1,3.
  3. Constituir reserva de segurança equivalente a 3 parcelas do empréstimo.
  4. Negociar período de carência para alinhar produção e venda.
  5. Separar finanças pessoais das empresariais desde o dia 1.
  6. Contratar seguro de vida empresarial ou sociedades para mitigar riscos sucessórios.
  7. Estabelecer métricas de acompanhamento trimestral (EBITDA, margem líquida, CAC).

Pontos de atenção adicionais

  • Evite contratos com correção cambial se não tiver receitas em moeda forte.
  • Anote covenants que possam acelerar vencimento da dívida.
  • Verifique a exigência de garantias reais e avalistas.
  • Adeque o prazo da dívida à vida útil do ativo financiado.
  • Consulte contador e advogado antes de assinar.
Caixa de destaque: Segundo o Sebrae, 29 % das microempresas fecham por falta de gestão de fluxo de caixa. Planejamento é tão vital quanto a taxa de juros negociada.

Análise comparativa de custos e riscos

Tabela de referência

ModalidadeCET Anual MédioNível de Garantia
Capital de Giro Bancário24 % a 32 %Alienação fiduciária ou aval
BNDES Finame16 % a 20 %Máquina financiada
Fintech On-line30 % a 42 %Nota promissória digital
P2P Lending22 % a 28 %Aval ou contrato
Microcrédito Produtivo36 % a 45 %Assinatura solidária
Cheque Especial PJ120 %+Sem garantias

Interpretando a tabela

Taxas menores pedem garantias robustas e prazos mais longos. Produtos flexíveis, porém caros, devem ser usados apenas em emergências pontuais. Escolher o empréstimo para empreender adequado depende de equilibrar custo, risco e velocidade de liberação.

Transição de carreira: do CLT ao CNPJ com segurança

A importância do colchão financeiro pessoal

Cerbasi recomenda acumular de 6 a 12 meses de despesas pessoais antes de deixar o emprego. Essa reserva evita pressionar o negócio nascente, permitindo reinvestir lucros.

Estratégia de transição gradual

Manter a atividade CLT em meio período — quando possível — enquanto o empreendimento ganha tração reduz a necessidade de empréstimo para empreender. Outra opção é negociar férias ou licença não remunerada para validar o modelo.

Preparação psicológica e rede de apoio

Dados do IBGE mostram que 37 % dos novos empreendedores desistem no primeiro ano. Ter mentores, participar de comunidades de negócios e envolver a família nas decisões aumenta as chances de sucesso.

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Link: Pedir empréstimo para empreender?

FAQ – Perguntas frequentes sobre empréstimo para empreender

1. Posso usar empréstimo pessoal para financiar minha empresa?

Pode, mas não é recomendado. Taxas são mais altas e você mistura CPF com CNPJ, dificultando dedutibilidade e controle contábil.

2. Qual a diferença entre capital de giro e investimento fixo?

Capital de giro cobre necessidades operacionais de curto prazo (estoque, folha), enquanto investimento fixo financia ativos de longa duração, como máquinas e reformas.

3. Existe carência em linhas de crédito para pequenas empresas?

Sim. Produtos do BNDES e de agências de fomento costumam oferecer carência de 3 a 24 meses, dependendo do porte e objeto financiado.

4. Quando buscar um sócio ao invés de empréstimo?

Se o negócio exige conhecimento técnico, rede de contatos ou capital intensivo superiores à sua capacidade, trazer um sócio estratégico pode ser melhor que endividar-se.

5. O que acontece se eu atrasar parcelas?

A instituição pode renegociar, aplicar multa, elevar juros e acionar garantias. Em casos extremos, protestar títulos e negativar o CNPJ.

6. Posso liquidar antecipadamente sem multa?

Depende do contrato. Muitas fintechs permitem quitação parcial ou total sem encargos, mas bancos tradicionais cobram até 2 % de multa pela perda de receitas de juros.

7. Como calcular a densidade de endividamento saudável?

Use o indicador Dívida Líquida/EBITDA. Para pequenas empresas, manter abaixo de 3x é prudente.

8. Avalista e garantia real são a mesma coisa?

Não. Avalista responde com patrimônio próprio em caso de inadimplência, enquanto garantia real consiste em bens dados em alienação fiduciária.

Conclusão

Tomar empréstimo para empreender exige preparo técnico e emocional. Revise os pontos-chave:

  • Entenda o ciclo de vida do seu negócio antes de contrair dívida.
  • Compare modalidades: banco, fintech, linha pública ou P2P.
  • Planeje fluxo de caixa e mantenha reserva de segurança.
  • Adeque o prazo do crédito ao uso do capital.
  • Transicione de CLT para CNPJ com colchão financeiro pessoal.
  • Monitore indicadores como DSCR e Dívida/EBITDA.

Com essas práticas, o crédito deixa de ser vilão e se torna aliado do crescimento. Se você deseja aprofundar a inteligência financeira, considere acompanhar o canal de Gustavo Cerbasi e inscrever-se na lista de espera do curso citado no vídeo. Boa jornada empreendedora!

Artigo inspirado no conteúdo original “Pedir empréstimo para empreender?” do canal Gustavo Cerbasi. Direitos do vídeo pertencem ao respectivo autor.

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